Sabe de uma coisa?
Eu também não sei de nada,
Já não escuto a voz
do vento lá fora,
Nem o barulho das gotas de chuvas no telhado,
Sabes de uma
coisa, eu também não sei de nada,
Já não vejo o por do sol no infinito,
Nem como nasce o amanhecer esplêndido.
Nem ouço os pássaros a cantarolar suas lindas melodias,
Nem vejo a pequena borboleta que desliza suavemente entre as flores,
Já não se percebe a beleza entre o dia e a noite a
escurecer,
A pressa que permanece na mente,
Nos passos prolonga na realidade da vida,
Por isso não sei de nada, tenho pressa,
Não me importa o que os outros digam,
Pois já não escuto o murmúrio da voz dos ventos,
Nem as gotas de chuvas que caem,
Pois tenho pressa, apressada pressa,
Que não me deixa ouvir, que não me deixa olhar,
Por isso nunca sei
de nada,
Mas o tempo voa com pressa
E perdemos todas
coisas em cada tempo.
Não vemos, não escutamos, não paramos,
Apenas prosseguimos, para onde? Não sabemos?
Temos pressa, cada
vez mais pressa.
E assim vivemos num mundo apressado,
Sem tempo para amar, para se doar,
Sem tempo para ouvir, para falar,
Não sei de nada, não ouvi, não posso falar,
Não tenho tempo, não posso amar.
Nem a Deus posso amar, nem a Sua voz escutar,
Isso que faz falta, tempo para amar,
Ficar quieto e descansar e poder amar.
Viver, conhecer, felicidades só para quem tempo,
E desejas amor e com tempo para amar.
@Agenivaldo Almeida Silva