quarta-feira, 25 de novembro de 2015

102) - Não tenha Pressa


Sabe de uma coisa?
Eu também não sei de nada,
Já não escuto a voz  do vento lá fora,
Nem o barulho das gotas de chuvas no telhado,
Sabes  de uma coisa, eu também não sei  de nada,
Já não vejo o por do sol no infinito,
Nem como nasce o amanhecer esplêndido.
Nem ouço os pássaros a cantarolar suas lindas melodias,
Nem vejo a pequena borboleta que desliza suavemente  entre as flores,
Já não se percebe a beleza entre o dia e a noite a escurecer,
A pressa que permanece  na mente,
Nos passos prolonga na realidade da vida,
Por isso não sei de nada, tenho pressa,
Não me importa o que os outros digam,
Pois já não escuto o murmúrio da voz dos  ventos,
Nem as gotas de chuvas que caem,
Pois tenho pressa, apressada pressa,
Que não me deixa ouvir, que não me deixa olhar,
Por  isso nunca sei de  nada,
Mas o tempo voa com pressa
E perdemos  todas coisas em cada tempo.
Não vemos, não escutamos, não paramos,
Apenas prosseguimos, para onde? Não sabemos?
Temos pressa, cada  vez mais pressa.
E assim vivemos num mundo apressado,
Sem tempo para amar, para se doar,
Sem tempo para ouvir, para falar,
Não sei de nada, não ouvi, não posso falar,
Não tenho tempo, não posso amar.
Nem a Deus posso amar, nem a Sua voz escutar,
Isso que faz falta, tempo para amar,
Ficar quieto e descansar e poder amar.
Viver, conhecer, felicidades só para quem tempo,
E desejas amor e com tempo para amar.

@Agenivaldo Almeida Silva